segunda-feira, 4 de maio de 2009

1ª Vinda de Marinheiros-Morcões à Ria de Aveiro

Ao contrário dos "marinheiros-mouros", os "marinheiros-morcões" responderam afirmativamente ao primeiro convite. A convite do Cap. Veiga (essa lenda viva da Ria de Aveiro) participaram nos trabalhos oceanográficos de dragagem da Torreira, onde tiveram a experiência de roçar os respectivos cascos, no lodo pastoso-gelatinoso caracteristico da região da Murtosa. Quem não tivesse por dentro do programa, julgaria estar a assistir às gravações de uma nova telenovela da TVI, pois o que fariam tantos e tantos barcos em frente à Marina da Torreira. Coisas de filmes, certamente. Alzira da Conceição - moradora na Rua de Baixo na Torreira e devota confessa de S.Paio, ainda perguntou à minha mulher se aquele actor com o cabelo apanhado (ao leme do barco de ferro) não era o Sandokan, ao que respondi que não, que era um jovem actor de Montemor-o-Velho que já teria entrado na série dos MORANGOS.

Depois seguiu-se a caldeirada de enguias, com muitos morcões a optarem por carne (não fossem comer cobras em vez de enguias) e muitos digestivos para além das conversas banais da marinheiragem. Cap. Machadinho aproveitou para revelar alguns segredos sobre a iguaria em questão, não fosse ele o expoente máximo da boa "cozinha a bordo". Animação qb com o merecido destaque dos show de "fantoches" trazida pelo popular ilusionista aveirense "LicasZurK". No dia seguinte empurrámos os morcões para a magnifica, luxuosa e magestosa Marina de Aveiro, sita na Lota Velha onde constataram a mais moderna tecnologia e design em edificações flutuantes de apoio à náutica de recreio. Seguiu-se o concurso de petistos, onde faltou o dignissímo representante do Governo Civil, originando a atribuição de prémios a toda a gente. Desde penetras, forretas, maus-cozinheiros, "pede-emprestado" e "oh pá esqueci-me", todos receberam como prémio um completo faqueiro em aço inox, julgando que no salão nobre da AVELA ninguém os tomaria por "CRAVAS". Enfim, histórias que não se voltarão a repetir, pelo menos aos dias de semana.

Cinco minutos foi o tempo do machibombo chegar ao Museu de Ilhavo, que para grande espanto do "Carlitos" e dos seus amigos, estava aberto. Todos os "morcões" ergueram uma expressão de espanto, quando a Guia do Museu explanou os caminhos do bacalhau até à mesa dos Tugas. O espanto foi geral no seio do morcões, profundamente admirados pelo facto do bacalhau não ser pescado na Ria de Aveiro. Formularam ainda questões pertinentes sobre o "ultracongelado" e se o Sr. Brás (o do bacalhau à brás!!) tinha raízes em Ilhavo, obtendo respostas prontas e esclarecedoras do Cap. Bernardino e do Cap. Alfredo Vizinho. Quem julgava que o bacalhau era invenção do Continente e do Pingo Doce era o casal mouro (Chico&Isabel), ela já muito desconfiada antes da visita ao Museu, pois segredou-nos que se admirava do mesmo aparecer à venda sem espinhas!!! O Cap. Veiga aproveitou o exterior do museu, para fazer um carregamento de brita nº5, por forma a iniciar obras de beneficiação da sua churrasqueira particular.
Pela noite, chegou a "carne assada" e a animação a cargo do Grupo Coral da Casa de Pessoal da Fisola (GCCPF) com o "comboio a apitar" e outras "modinhas", que garantiram a fiabilidade do projecto de estabilidade de betão do edifício-sede da AVELA. Pela manhã sairam educadamente de "mansinho", não acordando nem a tripulação nem o "cansado" VOLVO PENTA do CELTA MORGANA. Gente assim, merece voltar...
Para o ano esperamos que o Cap. Veiga continue a formular convites a raças e etnias diferentes, procurando trazer o espirito das "Nações Unidas" para a AVELA. Por mim cancelava a ida à Berlenga no dia 10 e Junho, e rumaríamos a Belém para condecorar o Cap.Veiga com a ordem de "Torre e Tinto". Ah valente...

5 comentários:

Raquel Sabino Pereira disse...

VIVA A AVELA! VIVA OS MORCÕES! VIVA PORTUGAL!!!!!

Eugénio disse...

Custou apareceres neste blog, mas enfim, para variar estiveste inspirado. A continuar assim bates aos pontos o mouro João, coitado, assustou-se de ver duas mulheres no Veronique e bazou para a mouraria.

João Manuel Rodrigues disse...

Eu sempre disse que o Cap. Pardal Sepiquingue escrevia umas coisas, muito de vez em quando...
Parece o Rui Beloso, tá muito tempo sem cantar, mas quando canta é um sucesso.
O rapaz faz-se, ainda o hei-de ver com uma página qualquer na internet, a escrever coisas acerca de um barco com um nome esquisito, ulululu ou mulumulu, se não for uma, será a outra, podem crer.

João

almagrande disse...

Os utilizadores habituais da Marina da Torreira agradecem a ajuda dada na dragagem da mesma.

Anónimo disse...

Gostei do "formular convites a raças e etnias diferentes".

VIVA OS MORCÕES