sexta-feira, 30 de março de 2007

Perigo real para a Navegação

O JN de hoje relata um exercício de mísseis na qual é patente o sucesso dos nossos magalas. Resta-nos pedir para que no mês de Junho não façam mais exercícios, pois poderão aleijar alguém.


Os mísseis passaram ao lado de todos os alvos. Falhou o exercício militar com mísseis terra-ar de curto alcance, realizado ontem na Marinha Grande. Nenhum dos oito alvos foi destruído. Não se trata de fraca pontaria, mas da longevidade dos alvos utilizados.De acordo com a Agência Lusa, o exercício Relâmpago 07, para testar com fogo real o sistema de míssil antiaéreo Chaparral, não cumpriu os objectivos iniciais e os militares responsabilizaram os alvos, cuja data de validade expirava este ano. "Falhou o espectáculo mas valeu o treino", afirmou o coronel Vieira Borges, comandante do Regimento de Artilharia Antiaéreo 1, que endereçou as responsabilidades dos erros para os alvos LZS 5000. O exercício envolveu 180 militares.No total, foram apenas lançados quatro mísseis - um dos quais detonou no areal enquanto os outros seguiram para o mar -, já que, nas outras situações, os artilheiros não conseguiram fixar os alvos para disparar os projécteis. Eram "alvos que tinham alguns anos e com data de validade até este ano", e os mísseis não os conseguiram fixar, explicou Vieira Borges.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Ponte que mete água

Com quase um quilómetro de comprimento e 32 metros de largura, a ponte de Magdeburg (Alemanha) é um dos lugares que temos de olhar vezes sem conta, para nos convercermos de que realmente existe. Como diriam os nossos ministros, trata-se de um equipamento fluvial de enorme relevância e impacto.
Com seus 918 metros de comprimento, a ponte-canal é tida como obra dos superlativos e um primor da engenharia, tendo consumido 68 mil metros cúbicos de concreto e 24 mil toneladas de aço. Comporta 132 mil toneladas de água em sua calha de 34 metros de largura e 4,25 metros de profundidade e deve resistir mesmo a terremotos (dizem os artistas de lá!!).
Inaugurada em Outubro de 2003, esta ponte cruza o Rio Elba e permite o trafego de embarcações fluviais entre dois dos maiores canais da Alemanha. Orçada em mais de 500 millones de euros e seis anos de trabalho, permitiram esta obra de invulgar beleza. (Clique nas imagens para ampliar)










segunda-feira, 19 de março de 2007

All Garve ... Sim este Verão



Rendo-me.
Defenitivamente rendo-me a este cromo baptizado como Manuel Pinho.
Então não é que o moço ( e bem!) mudou o nome do Algarve para ALL GARVE, na tentativa de arrecadar mais umas libras para a balança de pagamentos e relançar internacionalmente o nome do ALL GARVE aos 7 ventos. Boa meu... Ficar-te-ei grato por toda a vida. Eu e mais 10 milhões de Tugas. Brilhante.
E digo-te mais... Gostaria de beber um copo em Agosto contigo no ALL GARVE. Para facilitar a tua agenda, aqui vai o meu roteiro náutico.

Na última semana de Julho levarei o CELTA MORGANA para baixo, e irei fundear na ASS Latra(1) . depois na 2ª semana de Agosto andarei em Royal Village of Saint António(2), com umas investidas a Monte Fat(3) e Huts(3). Por volta do dia 10 estarei em Moura Village (4) à noite e em Wolf Valley(5) durante o dia. Dia 13 estarei em Albu Fair(6) e de 15 a 17 em Porti Hand (7) repartindo a parte balnear na Praia da Rock(8) e Iron Agudo (9). A 18 estarei em Half-a-Beach(10) e na Marina de Lakes (11). Aparece meu. Pergunta pelo Pardal que alguém te indicará o meu poiso. Receber-te-ei de asas abertas.
Teu amigo Celtico,

PARDAL

N:B:
Para os mais conservadores aqui ficam os nomes primitivos das localidades referidas:
(1) - Culatra
(2) - Vila Real de Stº António
(3) - Monte Gordo
(4) - Vilamoura
(5) - Vale do Lobo
(6) - Albufeira
(7) - Portimão
(8) - Praia da Rocha
(9) - Ferragudo
(10) - Meia Praia
(11) - Lagos

sexta-feira, 9 de março de 2007

Francisco Lobato

Aconselhamos vivamente a visita ao "site" www.franciscolobato.com, onde consta um diário de bordo interessante sobre a visita a Aveiro.



Texto retirado do "Diário de Aveiro"


A largada da «Transat 6,50» está agendada para Setembro, mas o velejador Francisco Lobato está a preparar meticulosamente a sua participação. Esta semana, o único português a participar, está atracado na marina da ANGE, na Gafanha da Encarnação.

A preparação de Francisco Lobato, o único velejador português a conseguir a qualificação para a «Transat 6,50», regata oceânica em navegação solitária que vai ligar França ao Brasil, está a passar pela região de Aveiro. O Diário de Aveiro foi ontem encontrá-lo na marina da Associação Náutica da Gafanha da Encarnação (ANGE), onde o «BPI», embarcação que vai utilizar na prova, se encontra atracado, pelo menos até à noite de hoje. O velejador lisboeta de 22 anos veio até aos estaleiros «Delmar Conde», para introduzir melhoramentos técnicos no barco, antes de partir para França dentro de 15 dias. O ponto alto do projecto que Francisco abraçou acontecerá em Setembro quando se iniciar a travessia na embarcação de 6,5 metros, com uma escala apenas na Madeira. A prova tem 4.200 milhas e demora cerca de 30 dias. O velejador confessa que o seu é um barco de série, «Pogo II», que «por ser pequeno não pode ser registado para alto mar, mas nesta prova, a Marinha francesa concede-nos licenças especiais». Natural de um país de marinheiros, Francisco Lobato diz que sentiu o mesmo apelo que levou os portugueses em busca de novos mundos. «O gosto pelo mar, a aventura e a adrenalina que um projecto destes envolve». Nesta fase final de preparação, ele já se encontra consciencializado das dificuldades: «Vou completamente sozinho e não posso ter qualquer tipo de contacto para o exterior, como ligar para casa para levantar a moral, por exemplo. Vai ser duro». Dormir uma hora seguida, por exemplo, será um luxo que não se poderá entregar até concluir a prova. Numa regata deste tipo, explica, «vamos ter que dar o máximo e não temos tempo livre». Em dias mais calmos, «tentarei dormir para recuperar o sono, mas só o farei em períodos de 15 ou 20 minutos, porque vou sozinho a bordo e preciso estar sempre muito atento, para ver se não vêm navios ou se não há outros obstáculos no mar». Até na alimentação não se pode gastar muito tempo. Os mantimentos que leva no «BPI» são à base de comida liofilizada que, «apesar de não ter muito sabor, é leve e fácil de preparar, bastante juntar água fervida». Na «Transat 6,50», além de Francisco Lobato, estarão 83 barcos na largada, em França, da XV edição da prova em 30 anos, já que se realiza apenas de dois em dois anos. A preparação física e psíquica é um requisito que um atleta que pretende participar nesta prova não pode descurar. «Costumo fazer muita natação e ginásio e gosto de complementar com BTT e corrida». Tão ou mais importante é a vertente psicológica e Francisco tem o acompanhamento de um psicólogo.

Apoios à vista

Uma iniciativa destas custa muito dinheiro e só pode levar-se a efeito com muitos apoios. O velejador português diz que o projecto vai custar cerca de 150 mil euros. «Tive que procurar apoios desde que comecei a preparar tudo», conta. Depois de muitas cartas enviadas, de recebidos muitos nãos, o BPI associou-se ao projecto, viabilizando-o. Porque a prova não consiste apenas em ir à «Transat 6,50». O ano passado, Francisco Lobato esteve o ano todo em França, nas provas de qualificação, tendo vencido inclusivamente a etapa até aos Açores, e classificou-se em terceiro lugar no regresso. «Acabando no segundo lugar da geral, o que é feito único para um velejador português», sublinha, acrescentando que, «durante esta época, na classificação geral, fiquei em primeiro lugar, o que é óptimo para o primeiro português que participa». Por isso, as expectativas para a «Transat 6,50» estão em alta. «Não gosto de dizer que vou ganhar, mas não posso esconder que vou tentar, pelo menos, um lugar entre os cinco primeiros, se tudo correr bem», adianta. É que, numa prova com estas características, tem tudo mesmo que correr bem, porque basta falhar um pormenor durante a viagem para deitar todo este esforço por terra. Como bom velejador, Aveiro não constitui novidade para ele, mas desta vez passou um mau bocado para entrar na barra. «A minha chegada foi complicada, porque na madrugada de anteontem, o mar estava muito mau, a barra estava fechada e houve algum perigo. Tive que esperar quase cinco horas para que a maré virasse e então conseguir entrar». A largada da «Transat 6,50» está agendada para dia 16 de Setembro de La Rochelle, rumando à Madeira –1.000 milhas a cumprir em cerca de 8 dias e, posteriormente, até São Salvador da Baía – 3.200 milhas a velejar ao longo de 25 dias.

O «skipper» Francisco Lobato

Com apenas alguns meses de vida fez a sua primeira viagem marítima até Gibraltar com o seu pai e avô, e desde aí não parou de navegar. Francisco Lobato fez viagens ao longo da nossa costa Atlântica e pelo mar Mediterrâneo, nomeadamente até à Madeira, Norte de África, Baleares e Costa Espanhola. Aos sete anos, entrou na escola de vela da Associação Naval de Lisboa e iniciou-se na classe Optimist. Aos 11 anos foi, pela primeira vez, a um campeonato do mundo. Foi várias vezes campeão nacional em diferentes classes, já participou em mais de 15 campeonatos do mundo e da Europa, foi medalha de bronze no campeonato europeu de Laser (classe Olímpica) e medalha de ouro no campeonato Centro-Sul-Americano Sub 21. Esteve integrado no projecto de esperanças Olímpicas e na equipa pré-olímpica para Atenas 2004. Em 2005 participou em várias regatas em solitário, fez cerca de 2.000 milhas em navegação solitária e venceu a etapa rainha (a mais comprida) da Volta a Portugal «Lisboa – Algarve». Francisco considera a «Transat 6,50» como uma das primeiras «montanhas» a escalar antes de chegar ao «Evereste» da vela - a volta ao mundo em solitário.

terça-feira, 6 de março de 2007

GPS

A moda dos GPS's portáteis parece chegar a todo lado. Inicialmente instalados exclusivamente em embarcações, depressa chegou ao bolso dos utilizadores, como por ex: aos caçadores, montanhistas etc.

Recentemente (e por força da baixa de preços) chegou aos automóveis, onde quem não tiver instalado um GPSzito a bordo é já considerado de "otário".

Finalmente parace ter chegado às motorizadas, conforme se ilustra neste exemplo captado na Gafanha da Boavista (Ilhavo). A escolha desta povoação não foi ao acaso, mas sim, pelo simples e singelo facto dos habitantes daquela parvónia andarem permanentemente desorientados (sobretudo para encontrarem restaurantes). Não se admirem, de a breve trecho encontrarem uma bola em forma de mundo à proa dum veleiro de chapa.